A Apae, entidade beneficente e única no estado a realizar o teste do pezinho, busca firmar uma parceria com o município para rastrear e identificar gestantes que, mesmo consideradas "normais", estão em risco de desenvolver doenças infectocontagiosas prevalentes. A apresentação foi conduzida pela superintendente da instituição, Marcia de Carvalho Rocha.
“A Marcia e toda a equipe da Apae do Rio têm sido grandes parceiras no trabalho que estamos realizando na Frente Parlamentar de Doenças Raras. Ela destacou a importância de intensificarmos a triagem pré-natal como forma de prevenção e cuidado. Tive a ideia de apresentar o programa aos prefeitos da região Sul Fluminense, visando à sua implementação. Se tudo correr bem, começaremos em Volta Redonda”, afirmou Munir.
O programa tem como objetivo reduzir a transmissão vertical por meio da triagem de oito patologias: sífilis, HIV 1 e 2, hepatites B e C, HTLV, toxoplasmose, citomegalovírus e hemoglobinopatias, utilizando uma técnica simples de coleta em papel filtro.
De acordo com Marcia Carvalho, a triagem materna possibilita diagnósticos e tratamentos mais precoces. “A triagem de doenças infectocontagiosas durante o período pré-natal é de extrema importância, pois permite diagnósticos e tratamentos mais precoces”, ressaltou.
Doenças raras - Munir, que coordena a Frente Parlamentar de Doenças Raras, solicitou à Apae um levantamento dos casos de doenças raras no último ano em todo o Médio Paraíba. Em 2023, em 15 cidades monitoradas, foram detectados 54 novos casos.
“Queremos fortalecer o cuidado com os pacientes com doenças raras aqui no Médio Paraíba. Estamos dialogando e buscando a criação de um Centro Regional Especializado em Doenças Raras, sediado em Volta Redonda. Em todo o estado do Rio, temos cerca de 1 milhão de pessoas com doenças raras, e 30% das crianças morrem antes dos 5 anos por falta de diagnóstico preciso. Precisamos mudar essa realidade”, concluiu.